O calor aqui na SPFW está dando o que falar e, ele e os cabelos vivem numa briga eterna. Pra tentar amenizar esse problema e até dar aquele tapa no estilo, os lenços e turbantes ajudam e muito. Pelos corredores da Bienal não faltou gente usando o acessório fashionista. E criatividade não faltou, seja apenas enrolado, com nós ou até mesmo só uma faixa básica, o importante é abusar do estilo.

Na 30ª edição da SPFW os lounges arrazaram. Um deles é o da marca Melissa, que lançava sua nova coleção Time Code. O espaço foi decorado com muitos espelhos e muita luz, principalmente onde os modelos da coleção ficaram expostos. Eram pequenos "tubos" rodeados de espelhos para que pudessem ver os calçados em vários ângulos. Para aqueles que queriam ganhar a Melissa Jambo SPFW da coleção, pode tentar jogar um jogo em realidade aumentada. Tentei a sorte, mas não não tive, risos.

REINALDO LOURENÇO
O segundo dia da SPFW começou na FAAP. As festas privés dos anos 30, as pérolas da noite e a alta costura inspiraram o estilista que usou muito preto e off-white na coleção. Nos tecidos: couro, pele, tule, cetim e feltro. Modelgam seca, golas amplas e comprimentos longos ou na canela.



GHETZ
Voltando para a Bienal, tivemos a estréia da marca de tricô de luxo do Lucas Nascimento Ele usa muito vermelho, preto, beringela, roxo, cinza e gelo para as cores. As leggins eram de lã e os vestidos super justos. Era um trabalho perfeito que não parecia muito tricô, mas neo-prene.



ELLUS
Nesta edição a marca veio completamente tecnológia. A sala de desfile era uma sala de cinema montada que apresentou sua coleção num filme em 3D. A coleção que usou muito preto e branco, veio em cetim, denim, paetês, pele e couro. Tecidos que lembram o jeans com uma lavagem clara.



NEON
Inspirado na boemia subversiva e no surrealismo, os estilistas Dudu Bertholini e Rita Comparato fizeram uma coleção super romântica. Muito vermelho, branco, preto, e a famosa estampa "We Love Neon" em apenas 1 look. Nos tecidos: seda, tafetá, malha, couro, camurça, veludo, tricô, crepe e linho. Peças de alfaiataria nas calças e paletós, vestidos amplos, quimonos e silhuetas justas. Foi um desfile muito conceitual e performático.



AMAPÔ
A inspiração era um mix de temas: heras trepadeiras, princesas das trevas, confusão mental, floresta infernal e até a banda Linkin Park que junto com a banda Evanescence na trilha, deixaram o desfile da marca mais hard. Muito jeans pintado à mão, paetês tridimencionais, veludo, seda e até um look digno de Lady Gaga feito com cubos em 3D. Nos pés, botas com brocados e galochas com estampas animalistas. Eram formas bem descontruídas. O desfile foi tão elogiado que acabou indo para os 'Trendings Topics' (ferramenta no Twitter onde ficam as palavras e assuntos mais falados do momento).



ALEXANDRE HERCHCOVITCH (Feminino)
O estilista abusou do preto na coleção inspirada nas rochas vulcânicas, magma, vulcões, sedimentos de rocha; a força violenta da natureza. Também com tons de cinza e pontos de amarelo enxofre. Tecidos: cetim de seda envelhecido, chiffon de seda e muita renda. As formas eram assimétricas, barras que arrastavam no chão, mangas amplas e cinturas no lugar. O desfile contou com a top transsexual Léa T. no casting que arrancou aplausos da platéia no final. 



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Fotos: FFW

Dando um "rolê" pela Bienal pude ver looks que davam total close e percebi que um estilo chamava muita atenção por aqui. Nesse estilo, nós temos caveiras, muuuuuuitas caveiras. Nas roupas e acessórios, também. Esse é um ítem que não falta no guarda-roupa de nenhum fashionista, podem ser clássicas ou estilizadas, não importa, elas nunca perdem a atitude rock’n'roll.

ANIMALE
No 1º dia de desfiles, o que mais se viu foi o branco. A Animale não ficou fora dessa, contou também com nude, laranja e azul-petróleo. Com inspiração no "universo da selaria", Priscila Darolt usou tricô de lã, organza de seda e couro ultra-fino. Uma modelagem não muito justa mas com estouros no quadril.



TUFI DUEK
O estilista Eduardo Pombal também usou muita branco na coleção. O Off-white e o preto foram as cores da coleção inspirada no design escandinavo. Nos tecidos tivemos o crepe, organza, couro e paetês. Havia também um paetê que dava a impressão de veludo molhado. As formas eram variadas: amplas e justas, saias longas e vestidos curtos.



SAMUEL CIRNANSCK
A "mulher urbana perdida na floresta" foi a inspiração do estilista. O preto, branco e nude deram o ar nos looks em lã, renda, seda, látex, silicone, couro alguns bordados com canutilhos, cristais e pérolas. Os vestidos era fluídos, saias longas e recortes que davam a impressão de calças. Trench-coats com modelagens retas e ênfase nas golas.


  
TRITON
Com a socialite Paris Hilton no casting, a grife se inspirou no estilo colegial de New York. Muito preto e cinza compuzeram a coleção junto do azul, verde, amarelo e caramelo. Um pouco de padronagem floral com efeitos metalizados no tecidos. Eram eles: renda, lã, pele falsa, veludo, algodão e alguns bordados com paetês. As saias eram super colegiais, os paletós era bem marcados na cintura por um cinto fino e as camisas vinham com cortes clássicos.



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Fotos: FFW